Dr. Fernando Moya
Dr. Fernando Moya

Primeiro vamos lembrar, síndrome cubital é uma compressão de um dos nervos que atravessa geralmente do braço para o antebraço, através da parte interna do cotovelo, que é o nervo ulnar. O cúbito é a passagem que temos na região do cotovelo.

Sintomas:

Essa compressão gera sintomas que variam de:

Podem ou não evoluir para lesões de intensidade mais grave e sintomas mais intensos.

Exames:

Quando a gente tem a suspeita desse tipo de problema, são necessárias avaliações clínicas para entender o que está acontecendo e muitas vezes alguns exames subsidiários são interessantes para o esclarecimento do problema.

Em geral, o principal exame sugerido é a eletroneuromiografia, consiste na avaliação do funcionamento dos nervos periféricos, no qual você pode encontrar a alteração do nervo ulnar.

Veja também: Síndrome do túnel do carpo – o que é?

Tratamento:

O tratamento em geral costuma ser mais simples, baseado em medicações, atividades de reabilitação e o monitoramento.

Em casos mais graves, lesões consolidadas e mais antigas podem haver a necessidade de uma intervenção cirúrgica para que a gente consiga fazer a liberação desse nervo e com isso tentar retomar o máximo possível da funcionalidade desse nervo.

Essas lesões não são tão graves, na grande maioria, mas é sempre importante uma avaliação bem minuciosa e a partir daí, propor os tratamentos possíveis.

A Fibromatose palmar, ou Moléstia de Dupuytren, é uma doença que acomete principalmente pacientes do sexo masculino, e em geral, depois dos 40 anos.

Para você entender essa história, imagine que entre a pele e as demais estruturas que tem na mão, ou seja, entre a pele, tendões, músculos e parte óssea, existe uma espécie de capa que recobre toda a parte palmar.

A Fibromatose palmar é uma proliferação que acontece dessa capa, produzindo nodulações que podem se confluir e formar as cordoalhas.

Manifestação:

A primeira manifestação que notaremos é pequenas nodulações encontradas geralmente no aspecto palmar da mão, principalmente na linha ou em relação a alguns dedos.

Em geral, começa a ter uma pequena nodulação que pode ou não proliferar, notando outros nódulos. Em casos mais evoluídos começa a formar o que chamamos de cordoalha, uma espécie de nódulo com uma cordinha que puxa o dedo em direção à palma da mão. Mas em um primeiro momento, perceberemos apenas pequenas nodulações.

A grande maioria dos casos tem origem genética, ou seja, não é predisponente por nenhum tipo de fazer, mas em algumas doenças específicas, como, o tratamento de diabetes ou epilepsia, existe maior prevalência dessa patologia.

Veja também: Lesões ligamentares de Mão.

Avaliação:

Uma vez levantada a suspeita, é necessário fazer um exame, como, por exemplo, ultrassom ou ressonância para identificar melhor o processo. A partir daí, definir um período de observação para saber se é um processo que vai estancar ou proliferar.

Já adianto que na maioria dos casos, acabam aparecendo e ficam estáveis, mas um ou outro caso que esse processo evolui, pode haver a necessidade de intervenção.

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Em primeiro lugar, os tumores de mão são qualquer elevação ou nodulação que você possa notar nos dedos, dorso da mão e eventualmente na parte de baixo da mão, na parte volar.

Os tumores de mão são benignos, ou seja, não demandam aquela preocupação que outros tipos de tumores e nodulações que demandam na maioria dos pacientes. Por via de regra, é uma alteração benigna e tranquila, porém, é recomendada para muitos casos a extração deles, dependendo da natureza.

Exames:

Esses tumores e nodulações devem ser obviamente investigados e avaliados por algum colega da especialidade para fazer exames como, raio-x, ultrassom e muitas vezes uma ressonância, para fazer a detecção adequada do problema e a partir disso, tentar destrinchar quais os melhores caminhos para o tratamento.

Tipos comuns de tumores:

A nodulação e tumoração mais comum são os cistos sinoviais, que já discutimos em outros vídeos, classificados como falsos tumores, mas são disparadas as alterações e nodulações mais frequentes no punho e dedos.

Outras nodulações comuns são os tumores de células gigantes, de origem benigna. Esses tendem a ter um crescimento lento e progressivo, muitas vezes é recomendada a retirada por prevenção, para evitar transtornos adicionais.

Existem também os cistos epidérmicos (cistos de inclusão) que são provenientes de cortes ou de inclusão para dentro da superfície da pele de materiais estranhos que formam pequenos granulomas e nódulos que podem parecer tumores, mas na verdade são alterações mais benignas, que também às vezes incomoda e atrapalha sendo indicada a remoção.

Existem outros tumores mais da parte óssea, como os encondromas, lesões intra-ósseas que podem gerar, às vezes, fragilidade óssea e normalmente não causam desconforto, apenas descobrindo através de exames.

Dependendo da região, tipo de lesão e extensão, pode também requerer um tratamento cirúrgico ou apenas ser observados e monitorados durante um tempo.

Sempre que for notado e diagnosticado alguma nodulação ou tumoração na mão procure uma avaliação médica especializada para fazer exames e confirmar ou não as hipóteses.

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É chamado de cisto sinovial o tipo de nódulo semelhante a um caroço, formado por um líquido sinovial recoberto por uma capa, que pode surgir por meio de traumas na região, esforços exagerados ou simplesmente por uma predisposição local.

Este tipo de alteração, pode não causar nenhum tipo de dor / desconforto para o indivíduo. Algumas pessoas chegam a sentir uma limitação do movimento e força no local, pela presença do mesmo, mas não é a regra.

Como tratar o Cisto Sinovial? | Por Dr. Fernando Moya CRM 112.046 | Médico de Cirurgia de Mão | SP São Paulo
Como tratar o Cisto Sinovial? 2

Opções de tratamento do Cisto Sinovial:

O tratamento para o cisto sinovial dependerá muito do seu tamanho, localização e principalmente seus sintomas. Os tratamentos mais comuns incluem: o tratamento conservador, a cirurgia e a punção do cisto.

Quando o paciente não apresenta sintomas maiores, pode ser que ele não precise de medicamentos e nem cirurgia, pois as chances de o problema desaparecer sozinho são grandes.

Porém, em casos onde o cisto provoca dores e diminui a força e limitação da mobilidade, o médico poderá indicar medicações bem como procedimentos adicionais para diminuir o desconforto, como a reabilitação.

Outra forma de tratamento é por meio de aspiração do cisto, ou punção, feita com uma agulha no interior da região afetada, sendo aspirada por uma seringa. Esse é um procedimento que praticamente não provoca nenhuma dor, e é capaz de resolver metade dos casos de cisto sinovial.

Tratamento cirúrgico:

O tratamento cirúrgico, ou ressecção do cisto, pode resolver de vez o problema em até 85% dos casos. A cirurgia para remoção do cisto sinovial costuma ser simples e segura, sendo muito recomendada quando o paciente sente dores frequentes.

Geralmente, o procedimento faz uso de anestesia geral ou local, dependendo da localização e extensão do problema.

O dedo em martelo é aquela lesão que acontece na extremidade dos dedos, principalmente na articulação interfalangeana distal que evolui com aquela deformidade típica de inflexão.

Em geral, essas lesões podem ter algumas diferenças entre si, pode ser uma lesão tendínea pura ou tendínea com o fragmento ósseo. Essa diferença tem que ser bem avaliada para entrar diretamente no ponto do tratamento.

Quando se trata dessas lesões, na avaliação inicial, seria interessante fazer alguns exames, como raio-x e/ou ultrassom. A partir dessas identificações, propor os tratamentos possíveis.

Lesão tendínea pura:

O tratamento da lesão tendínea, que é mais simples envolve apenas a proteção local, durante um período não inferior a sete semanas. É um tratamento prolongado para estimular a cicatrização do tendão, em princípio, para a maioria das lesões se aplica e tem bons resultados.

Em alguns casos particulares de lesões mais extensas, eventualmente pode ser indicado alguma cirurgia corretiva que, no caso, passaria por um processo de fixação articular ou um reparo do tendão. Dependendo da extensão dessa lesão, pode ser necessária uma cirurgia.

Veja o conteúdo completo sobre: Dedo em Martelo.

Lesão de fragmento ósseo:

O tratamento das lesões de fragmento ósseo dependerá do tipo de lesão que tiver. Com pequenas lesões e fragmentos ósseos de minutos, muitas vezes o tratamento mais simples também pode ser suficiente para resolver esse tipo de problema.

O tratamento é muito parecido com a lesão tendínea pura, ou seja, proteção local com tala ou órtese durante um período de seis a sete semanas. Na sequência, um acompanhamento de reabilitação.

Se houver um fragmento mais extenso, um pedaço maior da articulação que tiver sofrido por fratura, pode ser necessário uma correção cirúrgica. Nesse caso, você poderá fazer uma fixação diretamente do fragmento ou uma redução indireta através de alguns pinos ou parafusos. Com isso, você restabelecerá a articulação e a cicatrização acontecerá.

Nesse processo, o tempo de repouso é importante, cerca de quatro a seis semanas de imobilização com tala ou órtese, e depois destes procedimentos, a reabilitação também será necessária.

Basicamente, esses são os tipos de lesão e cada um possui um tratamento.

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O dedo em gatilho, conhecido também como tenossinovite estenosante, é um problema que ocorre quando existe uma inflamação dentro do tendão de um dos dedos, e isso faz com que ele fique dobrado de maneira repentina e involuntária. Quando a situação é mais grave, o dedo fica preso numa posição de dobra, bastante desconfortável.

E para tratar o problema, existem alguns exercícios específicos que servem para fortalecer os músculos extensores da mão, principalmente o dedo que foi afetado, o que irá contrariar o movimento natural causado pelo dedo em gatilho.

Ao fundo da imagem, há uma mão segurando o dedo de outra.
Exercícios para tratar o dedo em gatilho 4

A importância dos exercícios:

Os exercícios para tratar o dedo em gatilho (veja o conteúdo completo sobre dedo em gatilho, clicando aqui) são muito importantes, pois geralmente os músculos flexores, que são responsáveis pela dobra dos dedos, se tornam mais fortes e enfraquecem os extensores, gerando o desequilíbrio muscular.

Antes de iniciar os exercícios, é importante realizar uma massagem no dedo afetado, para que o fluxo de sangue seja facilitado, e ao mesmo tempo, a articulação seja lubrificada. Deve-se preparar o local esfregando suavemente, utilizando movimentos circulares por até 3 minutos.

Como fazer os exercícios?

Todos os exercícios devem ser realizados lentamente, e caso apareçam sinais de dor, o indivíduo precisa fazer uma pausa no mesmo momento. Para aquecer os tendões e aliviar a rigidez da mão, pode ser utilizada uma bacia de água morna. Isso evitará o surgimento de dores mais fortes.

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Primeiro lugar, vamos esclarecer alguns pontos: para todas as articulações dos dedos, nós temos um conjunto de ligamentos que estabilizam a articulação. Não é muito raro depois de um acidente, entorse ou alguma queda, encontrar lesões ligamentares.

Vamos separar por entorses, lesões mais simples e luxações. Justamente nesta ordem porque é a ordem de gravidade dessas lesões.

Entorses:

As entorses, normalmente são apenas estiramento dos ligamentos, funciona muitas vezes como uma espécie de elástico, o elástico distende, volta e não causa uma lesão de fato.

O tratamento é mais simples, a partir de duas semanas já deve ter uma cicatrização inicial e costuma evoluir super bem.

Lesões ligamentares:

As lesões ligamentares mais acentuadas são as lesões ligamentares parciais. Nós temos pequenas lesões no ligamento e isso demanda um pouco mais de tempo para cicatrizar.

Em geral, requererão também um processo de mobilização para o tratamento e isso pode tomar às vezes um pouco mais de duas semanas, três ou quatro, mas também evoluem super bem sem a necessidade de alguma outra intervenção.

Luxações:

As luxações propriamente ditas são os deslocamentos articulares, ou seja, a articulação que aquela junção entre os ossos sai do lugar. Isso demonstra que tem uma lesão mais extensa dos ligamentos e que às vezes demanda um pouco mais de atenção.

Em alguns casos, essas lesões podem ter a necessidade de uma intervenção cirúrgica e outras vezes o tratamento conservador, ou seja, a mobilização pode ser suficiente. Inicialmente para as lesões mais simples, o tratamento mais simples pode ser suficiente. Para as lesões mais graves, um acompanhamento médico mais rigoroso pode ser interessante.

Veja também: Luxação no dedo.

Quando você tiver alguma suspeita dessas lesões mais graves procure um atendimento médico para fazer o diagnóstico adequado e poder fazer a manobra de redução adequada. Muitos erros acontecem nesse percurso e para evitar é melhor um atendimento mais específico dessas lesões.

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Dr. Fernando Moya
Graduado em Medicina pela FMUSP, especializei-me em Cirurgia de Mão e Microcirurgia também no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Dr Fernando Moya CRM 112.046
Ortopedista Especializado em Cirurgia de Mão
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Última atualização: 01/11/2023 às 16:28

Atenção: O site fernandomoya.com.br/ apresenta informações de qualidade sobre ortopedia, traumatologia e cirurgia de mão, para orientação de todos. Porém não substitui uma avaliação completa e diagnóstico adequados em consulta médica.

Dr. Fernando Moya Ortopedista de Cirurgia de Mão | CRM: 112.046/SP | RQE 103665 - Ortopedia e Traumatologia

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