Dr. Fernando Moya
Dr. Fernando Moya

Pseudoartrose de escafóide é uma falha na cicatrização de um dos ossos do punho. Esse pequeno osso sofre com particularidades que atrapalham muitas vezes a sua consolidação. Podemos dizer então que essa é uma condição, muitas vezes, decorrente de uma fratura mal cuidada, ou por características do próprio indivíduo ou até mesmo pelos seus hábitos.

Mas, você sabe qual o tratamento adequado para pseudoartrose de escafóide? Continue nos acompanhando para descobrir!

A imagem mostra uma mulher com a mão direita segurando o punho da mão esquerda.
Pseudoartrose de escafoide: Como tratar? 2

Quais as causas do problema?

Conforme dissemos, o escafóide é um osso que pertence ao carpo, com uma grande incidência de fraturas. A depender do tipo de fratura existem maiores ou menores predisposições a desenvolver a pseudoartrose. Isso principalmente se deve a uma característica de seu suprimento de sangue (que é um pouco deficiente) – um fator primordial para cicatrização óssea.

Esse fato, associado muitas vezes com a não detecção da lesão precocemente, bem como tratamento inadequado da mesma, levam ao retardo de consolidação, responsável pelo aumento do tempo de união do osso, e também à pseudoartrose de escafóide propriamente dita.

Entre as principais causas da pseudoartrose, podemos destacar:

Fatores biológicos

O escafóide tem por natureza um déficit de suprimento sanguíneo. Para aquelas pessoas que precisam tratar uma lesão para cicatrizá-la, o aporte sanguíneo é algo fundamental. Caso o paciente tenha certo déficit e limitação, essa área poderá não obter sucesso na cicatrização.

Deficiência na estabilização

Outra causa da pseudoartrose de escafóide é a deficiência de estabilização. Isto é, quando temos uma fratura, e a mesma não está bem posicionada ou alinhada. Ela sofre para poder cicatrizar.

Fatores externos

Hábitos como o tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas podem interferir no processo de consolidação óssea

Existem sintomas?

No caso da pseudoartrose de escafóide, o indivíduo não apresenta sintomas específicos. Mas, normalmente, os principais sinais que podem indicar o problema são:

Como é feito o diagnóstico?

Quando surgem sintomas como estes citados acima, o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão deve ser consultado, para um diagnóstico mais preciso, que confirme o problema. Em muitos casos, o paciente procura atendimento médico somente meses após sofrer um trauma no punho, que a princípio, não havia dado muita atenção.

Então, podem ser indicados exames como:

Após a confirmação do diagnóstico, e o problema ser constatado, o médico indicará a melhor forma de tratamento para o paciente.

Como é feito o tratamento?

Chegamos a parte mais importante do nosso post de hoje. Uma vez constatada a pseudoartrose de escafoide, será indicada a melhor forma de tratamento para o paciente. E a resposta mais comum é que o tratamento cirúrgico será o caminho.

O tipo de cirurgia então dependerá do tipo de deficiência que a fratura escafoide produziu ou do tempo transcorrido e possivelmente alterações artríticas decorrente do processo.

Quando se trata, conceitualmente, de uma pseudoartrose sem desalinhamento, o que estará faltando é conceder estabilidade para a lesão. Neste caso, então, uma intervenção cirúrgica será indicada, que pode ser bem simples, com a passagem de um parafuso, o que será suficiente para que a lesão seja cicatrizada.

Já em casos onde existe desalinhamento entre as partes ou deformidades do escafoide, a recomendação não é somente a de estabilizar a lesão, mas também corrigir essa falha, algo que geralmente é feito com enxerto ósseo.

Nas lesões que acometem o pólo proximal, ou seja, a parte do osso que é mais próxima do antebraço, a cirurgia corretiva será um pouco mais delicada. Muitas vezes, será necessário realizar o procedimento de enxerto ósseo vascularizado com a fixação óssea.

E existem ainda os procedimento dedicados às lesões crônicas com aspectos degenerativo, que são os ditos de salvação. Estes últimos faremos um post específico com mais detalhes.

Claro, esses conceitos são gerais. É importante lembrar que cada lesão deve ser individualizada, para que seja proposto o tratamento adequado.

Nós conseguimos esclarecer suas dúvidas sobre este tema? Conte-nos abaixo! E compartilhe o conteúdo!

A articulação sinovial ou diartrose é caracterizada pelo encontro entre duas extremidades ósseas, com suas superfícies recobertas por uma cartilagem articular. Ambas são unidas por ligamentos e revestidas pela membrana que recebe o nome de membrana sinovial. Em geral, as articulações sinoviais mais comuns são as que estão presentes entre os ossos, garantindo a mobilidade.

No post de hoje, vamos falar um pouco mais sobre a articulação sinovial. Continue nos acompanhando!

A imagem mostra uma mão com a palma para cima e o dedos formando uma concha com a mão.

Características da articulação sinovial

A membrana sinovial é a camada interna da cápsula articular. Ela é vascularizada e inervada de forma abundante, sendo encarregada da produção do líquido sinovial. Esse líquido apresenta consistência similar à clara do ovo, e tem como função nutrir e lubrificar as cartilagens articulares, reduzindo o atrito durante a movimentação.

O volume de líquido presente em uma articulação sinovial é mínimo. Isto significa que ele é suficiente para revestir as superfícies articulares, estando localizado na cavidade articular.

A cavidade articular é, basicamente, o espaço que existe entre as superfícies articulares, sendo preenchido com líquido sinovial. Já os ligamentos e a cápsula articular têm como finalidade manter a união entre os ossos, e impedir a movimentação em planos indesejáveis, limitando a amplitude dos movimentos normais.

Tipos de articulação sinovial

Em geral, as articulações sinoviais apresentam maior liberdade de movimento, sendo as mais encontradas em nosso corpo. Existem alguns tipos de articulação sinovial, e todos são capazes de realizar uma gama variada de movimentos.

De acordo com os movimentos, os tipos de articulação sinovial podem ser classificados em três categorias: uniaxial, biaxial e poliaxial.

Articulação uniaxial

Quando a articulação realiza apenas movimentos em torno de um eixo. Ela permite, somente, movimentos de flexão e extensão. Como exemplo na mão, seriam as articulações interfalangeanas dos dedos.

Articulação biaxial

Permite a realização de movimentos em torno de dois eixos, como a extensão, flexão, adução e abdução (que não são tão comuns). Como exemplo na mão seriam as articulações metacarpo-falangeanas – transição mão/dedo.

Articulação poliaxial

A articulação poliaxial também está entre os tipos de articulação sinovial. Ela realiza movimentos em torno de três eixos. Além dos movimentos de flexão, extensão, adução e abdução, também permite a rotação. Aqui seria um exemplo a articulação do punho.

O que pode prejudicar a articulação sinovial?

Assim como qualquer outra articulação, a articulação sinovial também está sujeita a falhas. Na realidade, existem várias condições que podem afetar a articulação, como por exemplo, doenças mecânicas ou degenerativas, como no caso da osteoartrite. Além de doenças traumáticas, como quedas ou acidentes que podem gerar lesões.

Outros fatores que também podem desencadear dor e mau funcionamento da articulação sinovial, estão relacionados com doenças inflamatórias ou autoimunes, como a artrite reumatoide.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a articulação sinovial, conte-nos se você já teve algum problema relacionado a ela, e como foi diagnosticado.

A lesão do ligamento colateral ulnar do polegar é um problema de origem traumática, que ocorre quando o ligamento entre a base do dedo polegar e o primeiro metacarpo, é afetado.

Assim sendo, a lesão deste ligamento acaba causando uma grave incapacidade para o indivíduo realizar suas atividades diárias, devido a uma instabilidade articular. E com isso, a capacidade de segurar objetos acaba se perdendo.
No post de hoje, vamos falar um pouco mais sobre a lesão ligamentar do polegar, bem como sua forma de tratamento. Continue nos acompanhando!

A imagem mostra uma mão fazendo o joinha, ou seja, o polegar está estendido e os outros quatro dedos estão dobrados para dentro da palma.
O que é a lesão ligamentar do polegar e como tratar? 5

Quais os sintomas?

Antes de falarmos como a lesão ligamentar do polegar pode ser tratada, vamos citar os principais sintomas que podem indicá-la. Devido à instabilidade, onde a articulação estará mais móvel do que deveria, sem uma restrição necessária para executar o movimento, podem surgir sintomas como:

Diagnóstico da lesão ligamentar do polegar

Também é importante ressaltarmos como é feito o diagnóstico deste tipo de lesão. Em geral, além de o exame físico constatar a instabilidade interna do polegar, o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão pode indicar outras modalidades de exames auxiliares.

raio-x simples não definirá o diagnóstico. Porém, poderá ajudar a excluir outras possibilidades, como por exemplo, pequenas fraturas que podem evoluir apresentando os mesmos sintomas.

Também pode ser necessário outros exames subsidiários, como ultrassom ou ressonância. Muitas vezes, a ressonância magnética fornece um diagnóstico com mais precisão, ou seja, mais detalhado.

E como funciona o tratamento?

Em algumas lesões ligamentares do polegar, pode existir uma barreira entre as pontas do ligamento rompido, proveniente de uma camada de tecido chamada de aponeurose do adutor, localizada na região. Desta forma, haverá uma dificuldade na cicatrização, por haver uma interposição entre as duas partes. Entretanto, há como tratar a lesão.

O tratamento depende muito do grau da lesão. Por exemplo, se ela for incompleta, ou não apresentar a interposição que falamos anteriormente, ela pode receber um tratamento conservador, com imobilização feita com órtese de posicionamento do polegar.

Já a lesão que apresenta instabilidade e possivelmente a interposição – conhecida como lesão de Stener – precisará de tratamento cirúrgico, para a reconstrução ou reparo do ligamento.

Posteriormente, o paciente é habitualmente submetido a sessões de fisioterapia, para recuperação da função, força e movimentos.

Se você já sofreu com a lesão ligamentar do polegar, e precisou interromper suas atividades diárias, conte-nos como procedeu, e se o tratamento teve resultado positivo. Não esqueça de compartilhar o conteúdo!

Artrose no punho é um tema relativamente incomum porque a articulação do punho acaba sendo muitas vezes polpada nos processos degenerativos. Portanto, existem poucos acidentes ou fraturas relacionados com o punho.

Esse problema não é muito comum na degeneração primária, ou seja, sem um motivo específico. É mais comum nos casos secundários a acidentes, traumas, luxações e fraturas, principalmente do rádio distal, da ulna e das lesões dos ossos do carpo, como escafoide e semilunar.

A definição de artrose é o desgaste articular primário (degenerativo) ou secundário (decorrente de algum acidente).

Sintomas e diagnóstico da artrose no punho

Os sintomas mais típicos para quem tem artrose no punho é sentir uma limitação de movimento e dor articular no punho. Muitas vezes, é possível perceber algumas deformidades, como inchaço, articulação mais grossa e alteração no alinhamento.

O diagnóstico consiste em raio-x tomografia computadorizada. Caso haja suspeita de lesão ligamentar ou algum dano articular mais grave, a ressonância magnética pode ser indicada.

Como tratar artrose no punho

Para tratar a artrose no punho, é preciso considerar a patologia de base para encaminhar o paciente para o tratamento mais adequado.

Se for uma lesão mais suave sem risco de progressão, é possível indicar reabilitação, infiltração ou algo mais simples, dependendo do caso. Caso seja uma lesão mais acentuada e que esteja limitando a qualidade de vida do paciente e a funcionalidade do punho, pode-se indicar uma cirurgia.

Dr. Fernando Moya
Graduado em Medicina pela FMUSP, especializei-me em Cirurgia de Mão e Microcirurgia também no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Dr Fernando Moya CRM 112.046
Ortopedista Especializado em Cirurgia de Mão
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Última atualização: 01/11/2023 às 16:28

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Dr. Fernando Moya Ortopedista de Cirurgia de Mão | CRM: 112.046/SP | RQE 103665 - Ortopedia e Traumatologia

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