Dr. Fernando Moya
Dr. Fernando Moya

A rizartrose é caracterizada como o desgaste que acomete a base do polegar, mais precisamente entre o primeiro metacarpiano e o trapézio, podendo ser um problema de origem primária ou secundária.

No post de hoje, vamos justamente explicar melhor quais as causas desse tipo de problema, bem como as formas de tratamento. Acompanhe!

A imagem mostra uma mão pressionando o dedo polegar.

Características da rizartrose

No corpo humano, todas as articulações são compostas por diversas estruturas, entre elas existe a cartilagem.  Essa estrutura acaba por ser uma peça fundamental para o funcionamento adequado, da absorção de impactos e por fim, do movimento articular.

Devido a diversos fatores, pode acontecer de essa cartilagem sofrer um desgaste, e não cumprir de forma adequada o seu papel. Desta forma, os ossos passam a ter um contato maior entre si, provocando dor e deformidades.

Todo esse processo é conhecido como osteoartrose, e pode ocorrer em qualquer articulação. Quando afeta, mais precisamente, a articulação trapézio-metacarpiana, na base do polegar, podemos chamar de rizartrose. 

O polegar possui uma função bastante importante, por ser o único dos dedos a realizar movimentos de oposição, e o movimento de pinça. Isto é o que nos permite segurar os objetos em mãos.

E para que isso seja possível, ele conta com uma articulação versátil e cuja amplitude é bastante generosa, sendo justamente essa a caraterística que a torna mais suscetível à rizartrose.

O que pode causar a rizartrose?

Assim como os outros tipos de osteoartrose, a que atinge o polegar pode não apresentar uma causa específica. Porém, o que se sabe é que essa articulação possui grande propensão ao desgaste.

Também há casos onde ela pode estar associada à artrose em outras articulações. Assim sendo, o desgaste precoce pode ocorrer devido à diferentes fatores, entre eles:

Causas intrínsecas

As causas intrínsecas podem estar associadas com as condições genéticas do indivíduo. Isto é, ele pode ter nascido com essa predisposição. Ou ainda, pode acontecer em função da constituição do organismo.

Causas extrínsecas

Os principais fatores extrínsecos, que podem levar ao desenvolvimento da rizartrose, estão associados ao uso inadequado ou exagerado dessa articulação.  Uma vez que ela acaba sendo muito exigida, como por exemplo nos músicos, gerando um desgaste precoce.

Causas pós-traumáticas

Pode acontecer também de a rizartrose surgir devido à alguma sequela, de alguma lesão sofrida no polegar. Esse é o caso das fraturas e ou lesões ligamentares que atingem a articulação.

Sintomas e tratamento

Depois de explicarmos o que é a rizartrose, e quais as possíveis causas, vamos falar sobre os sintomas e as formas de tratamento.

O principal sintoma provocado por esse tipo de problema é a dor no polegar, que pode se tornar mais intensa ao realizar atividades, tais como movimentos de torção, pinçar ou agarrar objetos. Além disso, conforme a doença avança, pode ficar mais evidentes as deformidades na borda adjacente ao polegar.

E qual seria a forma de tratamento adequada? Cabe ao médico ortopedista especialista em cirurgia da mão orientar o paciente sobre a melhor modalidade. Existem dois tipos de tratamento mais comuns: o conservador e o cirúrgico.

O tratamento conservador consiste, basicamente, em uma abordagem mais simples do problema. Por exemplo, a proteção ou ortetização, que seria o uso de algo para proteger a articulação, como uma órtese. Métodos de reabilitação, tais como fisioterapia ou a terapia ocupacional, também são modalidades que podem ajudar no tratamento, complementando ainda com o uso de anti-inflamatórios temporariamente para tentar amenizar a dor no polegar, e diminuir o avanço do problema. Assim como uso de medicações condroprotetoras costuma ser interessante.

Por outro lado, quando o tratamento conservador acaba não apresentando um resultado positivo, e não tem uma boa eficácia, ou quando ocorreu alguma falha no processo, o outro caminho sugerido é a cirurgia.

Quando em estágio inicial, podemos optar por técnicas menos invasivas. Isto é, artroscópicas, onde o procedimento é relativamente mais simples.

Em estágio avançado, pode ser indicada a cirurgia aberta, feita através de uma incisão um pouco mais extensa. A escolha da técnica pode variar de acordo com cada cirurgião e obviamente o estágio da doença.

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Pseudoartrose de escafoide é quando o osso do escafoide, que fica localizado no carpo, ou seja, no punho, sofre uma fratura e não cicatriza como deveria.

Causas da pseudoartrose de escafoide

Existem dois principais fatores que causam essa lesão.

Falha na circulação de sangue

Essa causa é biológica decorrente da insuficiência da circulação sanguínea, ou seja, o suprimento sanguíneo na região. Para que a cicatrização ocorra entre as partes fraturadas, é preciso ter um bom fluxo de nutrientes e oxigênio para o osso se restabelecer.

Falta de estabilidade

A estabilidade da mão é importante para juntar as duas partes e permitir que o corpo forme a comunicação entre elas.

Onde ocorre a pseudoartrose de escafoide?

Geralmente, a falha da cicatrização ocorre no terço médio do escafoide para a região mais próxima do punho, ou seja, do antebraço.

Na imagem ao lado, podemos ver que a pessoa teve uma fratura no terço médio do escafoide e no momento em que a foto foi tirada, ela está com esclerose nas bordas entre as partes fraturas. Isso é indício que a fratura é antiga.

Quanto mais perto do osso do rádio ocorre a fratura, maior o índice de pseudoartrose. Portanto, quanto mais perto da articulação do rádio, maior o índice de pseudoartrose, e quanto mais pra ponta, menor o índice.

Tratamento da pseudoartrose de escafoide

Em geral, as pseudoartroses são indicadas para tratamento cirúrgico. Dificilmente essas lesões não precisam de algum reparo, reconstrução ou pelo menos uma alternativa de estabilização, porque isso causaria danos permanentes ao punho, como a aceleração de desgaste, dor e deformidade.

O tratamento só não é indicado quando se trata de uma pseudoartrose de segmentos não articular.

Na maior parte das vezes, o tratamento é cirúrgico e o método vai depender da personalidade de cada lesão. Temos métodos mais simples, como a estabilização local, e métodos mais complexos, como a enxertia óssea local com uso de enxerto próprio, sintético ou vascularizado.

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O dedo em martelo é uma deformidade que ocorre, mais precisamente, na extremidade do dedo, e geralmente é provocada por um traumatismo, que lesionou o tendão extensor.

No post de hoje, falaremos mais sobre o dedo em martelo, bem como suas causas e principais formas de tratamento. Acompanhe!

A imagem mostra um dedo em martelo

Quais as causas do dedo em martelo?

Conforme dissemos anteriormente, o dedo em martelo é uma deformidade, que geralmente ocorre quando o tendão, responsável por esticar a ponta do dedo, acaba sofrendo uma lesão.

Assim sendo, como consequência disso, o indivíduo sofre com dor e inchaço, sendo incapaz de esticar o dedo por completo.

Podemos dizer, então, que a causa mais comum deste problema é o trauma direto na região, que leva a uma flexão forçada da falange distal.

Além desta, existem outras causas menos frequentes, tais como:

Embora seja uma característica de artrite reumatoide, o dedo em pescoço de cisne pode ser considerado como uma sequela de dedo em martelo não tratado.

Como é feito o diagnóstico?

Em casos de suspeita de dedo em martelo, é importante buscar atendimento com um médico ortopedista especialista em cirurgia da mão, e informá-lo sobre os sintomas e histórico da lesão.

Na maior parte dos casos o diagnóstico da doença é relativamente fácil. Isto porque, durante o exame físico, a ponta do dedo envolvido está flexionada em maior ou menor grau, dando a dica para a possível patologia.

Também pode ser solicitada uma radiografia, para avaliar o grau do trauma e se há associação com alguma fratura da falange distal, uma ultrassonografia ou uma ressonância magnética.

Formas de tratamento

O tratamento de dedo em martelo varia de acordo com a gravidade que o problema apresenta. Em casos de lesões mais leves o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão poderá indicar um tratamento conservador.

Assim, a lesão tendínea poderá ser tratada através de proteção local, por um período não inferior a seis ou sete semanas. Em geral, esse é um tratamento prolongado, para que a cicatrização ocorra devidamente.

Um cuidado muito importante durante o tratamento com a tala é que ela não pode ser removida a qualquer momento. É necessário que o médico autorize. Isto porque a retirada precoce pode fazer com que o dedo dobre e dificulte a cicatrização.

Nas lesões tendinosas mais graves, pode ser indicado uma cirurgia para o reparo tendíneo. Em geral esse procedimento não é muito agressivo e pode restabelecer o movimento articular. Podem ser feitos através de sutura simples ou com auxílio de parafusos do tipo Âncora, quase sempre acompanhados por um travamento temporário da articulação afetada.

Se um ocorreu a lesão juntamente com uma fratura, e esse fragmento ósseo da articulação é de grande proporção, pode ser necessária também uma cirurgia para correção. Na cirurgia, são colocados geralmente pinos no dedo afetado, para o alinhamento ósseo e mantida uma proteção do dedo até que ocorra a cicatrização óssea.

Você já sofreu algum problema como o dedo em martelo? Conte-nos de que maneira foi realizado o tratamento?

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Como diminuir as dores da Síndrome do Túnel do Carpo

A Síndrome do Túnel do Carpo é uma síndrome compressiva, ou seja, os sintomas são produzidos por um aperto sobre o nervo mediano na altura do punho.

Normalmente, o sintoma mais recorrente é a alteração de sensibilidade, porém, a dor pode estar associada a este problema, sendo provocada pelo mau funcionamento do nervo. O que fazer?

Como prevenir a Síndrome do Túnel do Carpo?

Infelizmente não existem medidas para prevenir a Síndrome do Túnel do Carpo. Isso porque ainda não se descobriu quais os mecanismos que levam a origem desse problema.

O que os médicos recomendam são medidas gerais, assim como para qualquer outra lesão, como:

Tratamentos da Síndrome do Túnel do Carpo

Existem dois tipos de tratamento para Síndrome do Túnel do Carpo, um é mais simples e outro é através de cirurgia. Nesse caso, os tratamentos intermediários, como o uso de infiltrações, possuem pouca efetividade. Portanto, os tratamentos são:

Conversador

Cirúrgico

No tratamento cirúrgico, a descompressão é realizada através da liberação do túnel do carpo.

Como é feita a cirurgia da Síndrome do Túnel do Carpo?

Existem duas modalidades de tratamentos tradicionais para Síndrome do Túnel do Carpo, a por via aberta e a por via endoscópica ou por vídeo.

Na cirurgia por via aberta, é realizado um corte na altura do punho e abre-se camada por camada até atingir o túnel do carpo para fazer a liberação (soltura) do retináculo dos flexores. Isso é feito para tirar a compressão do nervo mediano.

Na cirurgia endoscópica ou por vídeo, o corte é feito na região do antebraço ou entre o antebraço e o punho. Através de um corte menor, um dispositivo com uma câmera e uma lâmina é introduzido para a visualização interna do túnel do carpo. Assim, pode ser feita a descompressão ou a liberação do retináculo dos flexores de uma forma menos agressiva.

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A entorse em geral é caracterizada pelas lesões que acometem as estruturas ligamentares, podendo provocar a limitação dos movimentos.

No post de hoje, falaremos mais sobre esse assunto, explicando os sintomas e as melhores formas de tratamento. Continue nos acompanhando.

A imagem mostra uma mão segurando a outra mão.

Causas da entorse de dedos

De modo geral, o conceito de entorse de dedo é aplicado às lesões que acometem primariamente os ligamentos – estruturas essas que permitem e mantém a possibilidade de movimento articular.

O problema acontece por conta de movimentos bruscos ou pancadas fortes sofridas pelo indivíduo. Situação esta que pode interferir nas atividades diárias, e até mesmo, limitar os movimentos.

E quais são os sintomas?

Um dos principais sintomas de entorse de dedos é a dor que surge na região afetada. Além disso, o indivíduo pode apresentar também:

Outros sinais preocupantes, e que merecem mais atenção, pois podem gerar uma sensação de insegurança ao pegar um determinado objeto, como um copo ou caneca, são: fraqueza e instabilidade.

Ainda há casos onde podem surgir hematomas na  região, mostrando que a região foi lesionada.

O ideal, ao notar qualquer um destes sintomas, é consultar o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão, uma vez que este será o profissional que identificará  o diagnóstico e poderá sugerir exames complementares para confirmar o problema.

Entre as principais táticas para o diagnóstico, podemos destacar o exame físico, para identificar a dor no dedo e suas características. Além de radiografias, ou até mesmo, outros exames de imagem para confirmar a fratura.

Como tratar a entorse de dedo?

O tratamento da entorse de dedo varia de acordo com a extensão que a lesão apresenta. É comum que, nas lesões mais simples, o médico indique apenas o uso de uma tala imobilizadora. Desta forma, o ligamento poderá cicatrizar em uma correta posição.

Para diminuir o desconforto e as dores, também são indicados ao paciente:

A última alternativa indicada pelo médico é a cirurgia reparadora. Esse processo, considerado invasivo, é utilizado apenas quando ocorre alguma ruptura grave. Isto é, quando o caso do paciente apresenta um potencial de instabilidade para articulação. Então, é realizado o procedimento cirúrgico, para evitar sequelas.

Também podem acontecer alguns casos onde, mesmo após algumas semanas de tratamento, ou até mesmo sem tratar, o ligamento não cicatrizar. Assim, o cirurgião de mão precisará reconstruir os ligamentos rompidos por meio da cirurgia.

É importante lembrar que, logo após a entorse no dedo polegar, ao perceber os sintomas, o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão deverá ser consultado o quanto antes. Adiar a visita ou se automedicar, sem prescrição, poderá piorar estágio da lesão.

Você já sofreu com a entorse do dedo? Qual foi a forma de tratamento utilizada? Deixe nos comentários!

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O dedo em gatilho é a inflamação que atinge o tendão flexor do dedo. Normalmente, o que leva ao sintoma primordial do gatilho é a dificuldade de executar o movimento de dobra desse dedo levando a um pequeno estalido, muitas vezes, para conseguir executar o movimento.

Os tendões flexores antes de entrarem no dedo precisam passar por dentro de uma espécie de túnel (polia A1) e, geralmente, esse atrito gerado entre o tendão e a polia que ele tem que atravessar acaba gerando um processo de dor e limitação de mobilidade, o que classificamos de dedo em gatilho.

Tratamento para dedo em gatilho

Conservador

O tratamento conservador é baseado em:

Tratamento intermediário

Esse tratamento consiste em uma infiltração local, que nada mais é do que uma aplicação de medicação (corticoide com anestésico) diretamente na região onde existe o atrito.

Tratamento cirúrgico

E por último, existe o recurso cirúrgico que é a tenólise, que é a nomenclatura técnica dessa solução para o problema que nada mais é do que a abertura da polia A1 onde existe o atrito.

Através de uma cirurgia, a polia é seccionada criando mais espaço permitindo o trânsito livre do tendão sem que haja nenhum tipo de atrito. Consequentemente, a cirurgia diminui a dor, a inflamação, e por tabela, a mobilidade.

Complicações do dedo em gatilho

Nos tratamentos cirúrgicos, as chances de complicações não ultrapassam 5% no cômputo geral.

A taxa de insucesso no tratamento intermediário com a infiltração local é entre 30 e 40% dos casos.

E quando se fala do insucesso do tratamento conservador esses números se elevam a 60 e 70% de complicações, ou seja, falhas do tratamento.

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Dr. Fernando Moya
Graduado em Medicina pela FMUSP, especializei-me em Cirurgia de Mão e Microcirurgia também no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Dr Fernando Moya CRM 112.046
Ortopedista Especializado em Cirurgia de Mão
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Última atualização: 01/11/2023 às 16:28

Atenção: O site fernandomoya.com.br/ apresenta informações de qualidade sobre ortopedia, traumatologia e cirurgia de mão, para orientação de todos. Porém não substitui uma avaliação completa e diagnóstico adequados em consulta médica.

Dr. Fernando Moya Ortopedista de Cirurgia de Mão | CRM: 112.046/SP | RQE 103665 - Ortopedia e Traumatologia

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