Para lembrar, os tendões extensores estão basicamente no dorso do aspecto do punho e os tendões flexores estão no aspecto palmar. As lesões do tendão flexor e extensor normalmente têm origem traumática.
Raros são os casos onde temos uma degeneração ou lesões espontâneas desses tendões. Pensamos nesse caminho principalmente quando a lesão está associada a uma doença inflamatória ou patologia que fragiliza o tendão. Entretanto, o grosso dessa história geralmente se dá por eventos traumáticos.
Na maioria das lesões, você acaba tendo um corte que dependendo da profundidade acometerá os tendões, seja no campo flexor ou extensor. Os tendões flexores estão mais superficiais e não raro são as lesões cortantes que acabam fazendo certa lesão nessas estruturas.
As lesões do tendão flexor e extensor devem ser tratadas cirurgicamente, principalmente quando a gente percebe as incapacidades resultantes dessa lesão. Caso haja uma lesão cortante e o paciente consiga executar as movimentações, nem que seja com um pouco de dor, pode não ser uma lesão tão extensa. Contudo, cabe a nós observar, monitorar e de repente, fazer algum exame complementar.
Caso ocorra uma dificuldade na movimentação pode ser uma lesão um pouco mais acentuada e o reparo pode ser indicado, sendo mais vantajoso realizado o quanto antes.
Em geral, a gente vai dividir esse quadro em agudo, subagudo e crônico. Vamos incluir no agudo as lesões de duas semanas, de duas semanas a um mês e meio vamos classificar como subagudas e depois desse período podemos classificar como crônicas.
As lesões agudas e subagudas tendem a ter um reparo mais fácil por aproximação, ou seja, não há uma retração entre as partes a serem suturadas.
As lesões crônicas tendem a ter um reparo com mais dificuldade porque as estruturas não possuem mobilidade e elasticidade necessária para uma sutura que a gente chama de boca a boca. Nessas lesões, às vezes são necessários dois estágios, principalmente quando a gente fala de lesão do tendão flexor, não é muito improvável pensar em medidas como enxertos ou até espaçadores para que se faça a cirurgia em dois estágios.
Resumidamente, as lesões agudas tendem a ter um reparo direto, boca a boca, facilitado dependendo sempre do tipo de lesão; e as lesões crônicas dependem de um enxerto, ou seja, uma interposição entre as partes, ou até em alguns casos a necessidade de uma cirurgia entre duas etapas colocando um espaçador ou algo que permita a reabordagem no segundo momento.
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Dr. Fernando Moya Ortopedista de Cirurgia de Mão | CRM: 112.046/SP | RQE 103665 - Ortopedia e Traumatologia
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