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Dr. Fernando Munhoz Moya
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CRM: 112.046
Atualizado em: 16/10/2020 por Dr. Fernando Moya
O que causa o dedo em martelo e como tratar? Descubra!

O dedo em martelo é uma deformidade do dedo, que geralmente ocorre em função de um traumatismo, que lesionou o tendão extensor da falange distal, impedindo que ela exerça sua função. Desta forma, o dedo fica dobrado, mais precisamente, sua ponta, e o indivíduo não consegue movê-la no sentido da extensão.
No post de hoje, falaremos mais sobre esse tipo de problema, bem como suas causas e formas de tratamento. Continue nos acompanhando!
As causas do dedo em martelo?
Conforme dissemos, o dedo em martelo é uma deformidade que ocorre quando o tendão, responsável por esticar a ponta do dedo, sofre uma lesão. Como consequência disso, o dedo fica dolorido e inchado, e o indivíduo é incapaz de esticá-lo completamente.
A causa mais comum é o trauma direto nesta região, levando a uma flexão forçada da falange distal.
Outras causas menos frequentes são os ferimentos na região dorsal do dedo, além de doenças reumáticas como artrite reumatoide.
O dedo em pescoço de cisne, embora seja uma característica da artrite reumatoide, pode ser uma sequela de dedo em martelo não tratado.
As principais formas de tratamento
O tratamento de dedo em martelo pode variar de acordo com a gravidade que o problema apresenta. Em casos de lesões mais leves, o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão poderá indicar um tratamento conservador.
Desta forma, a lesão tendínea será tratada através de proteção local, durante um período não inferior a sete semanas. Geralmente, é um tratamento prolongado, para que a cicatrização do tendão aconteça devidamente.
Um cuidado fundamental durante o tratamento com tala é que ela não poderá ser removida em qualquer momento, sem que o médico indique. Isto porque a retirada pode fazer com que o dedo dobre, rompendo a cicatriz que está em formação no tendão.
Quando existe um fragmento ósseo mais extenso, onde um pedaço maior da articulação sofreu a fratura, pode ser necessária uma correção cirúrgica. Na cirurgia, são colocados pinos no dedo afetado, para que haja o alinhamento dos ossos até que eles cicatrizem.
Já em casos de dedo em martelo tendinoso, a decisão do tipo de tratamento indicado dependerá do grau de deformidade e do deslocamento que o dedo teve. Essa condição pode ser definida com os exames diagnósticos adicionais e o próprio histórico da lesão. Em casos de deformidade mais intensa, geralmente a cirurgia acaba sendo mais adequada para o tratamento.
Pós-cirúrgico: como funciona?
Após a cirurgia, o paciente é imobilizado com uma tala metálica, que permite que a base do dedo seja movimentada, protegendo apenas o local lesionado. Ainda assim, o movimento dos outros dedos é permitido e recomendado. De preferência os primeiros dias deve-se manter com a mão para cima, evitando inchaços maiores.
Geralmente em até sete a quatorze dias, é feito o primeiro curativo. Somente após 2 semanas da cirurgia, são retirados os pontos. O paciente deverá retornar ao médico periodicamente para a troca da tala.
E se a lesão não for tratada?
Além da incapacidade de esticar a ponta do dedo e a deformidade, o problema pode evoluir para uma outra patologia, o dedo em pescoço de cisne, conforme dissemos anteriormente.
Então, quando acontece a ruptura do tendão, o dedo fica fletido, e toda a força do tendão extensor age apenas na primeira articulação. Isto causará a deformidade, que pode, justamente, se tornar rígida e causar artrose e dor.
É importante lembrar que, independente da gravidade ou do tratamento, é muito raro que a articulação volte a ter sua mobilidade completa. em geral, se observa uma leve perda de força da extensão e movimentos.
Portanto, o objetivo do tratamento, levando em conta o grau da lesão ou não, é o retorno da função plena, ou seja, a capacidade de esticar o dedo, mas sim a prevenção da deformidade secundária.
Você já sofreu ou sofre com um problema parecido? Conte-nos como foi e se o tratamento deu certo.
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Por Dr. Fernando Moya.
CRM 112046
Formado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP), com residência em Ortopedia e Traumatologia, pelo instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Especialização em cirurgia da mão e microcirurgia também pelo Hospital da FMUSP.
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